Segundo uma lei da física “cada ação implica numa reação contrária com a mesma força e intensidade”. Assim também é em nossa vida e principalmente dentro das organizações. Todas as decisões tomadas implicarão em reações contrárias. Por isso, é necessário estar preparado para decidir no tempo certo e de modo correto.
Toda empresa tem
lá algum gestor que toma decisões impensadas. O exercício do poder é feito pelo
número de medidas e contra-medidas tomadas ao longo de determinado período de
tempo.
A intransigência
é um fator altamente negativo no processo de decisão. Primeiro porque impede a
busca pelo conhecimento dos fatos correlatos. Segundo, não há formulação de um
cenário apropriado e por último, a emoção fala mais alto. Este ponto é
fundamental em nossa discussão. Alguém por acaso já viu algum ser intransigente
ser racional? Vias de regra são raivosos, prepotentes e ainda sarcásticos.
Dizem: - “Ninguém aqui é capaz de fazer nada sem mim”. Esse tipo de personagem
é capaz de pôr a perder anos de bons trabalhos de qualquer colaborador
entusiasmado.
Segundo Kenneth
L. Lloyd (Atitudes Idiotas na Empresa – Market Books), existem vários tipos de gestores
que simplesmente não entendem o que isso significa. Ocupam o cargo de gestão,
mas na maioria das vezes essa é a única coisa que têm a ver com a liderança.
Quando os gestores são instáveis, geralmente os funcionários estão
insatisfeitos e decepcionados com a atmosfera de trabalho.
Seguindo o
pensamento de Lloyd, veremos que as decisões tomadas por esse tipo de
profissional jamais terão a qualidade de resultado que se espera. Normalmente
em algum momento a intransigência fez parte do processo e certamente haverá tensões.
Uma decisão
tomada de maneira calorosa sem os cuidados necessários encontrará inúmeras
barreiras pela frente. Essas barreiras não necessariamente virão de forma
explícita. Farão parte do contexto organizacional, emperrando o funcionamento
do sistema. São aquilo que eu chamo de pequenas vinganças. As pequenas
vinganças existem e são maneiras informais de utilizar o poder. Em
contrapartida à uma decisão desfavorável, determinados funcionários começam a
esquecer certos procedimentos, equipamentos danificam-se, cálculos saem
incorretos, clientes são mal atendidos, e assim por diante.
As decisões de gestores
intransigentes levam qualquer empresa ao caos. Essa ação terá como reação
contrária o descaso, pessimismo, conformismo e outras atitudes que emperram as
engrenagens da empresa. O gestor intransigente a meu ver é aquele que além de
ser ríspido, é inacessível e às vezes “estrela”. Faz de conta que é maioral e
ainda por cima acredita.
As decisões
podem não se referir exclusivamente aos funcionários. Também são tomadas em
função de projetos ou outros motivos. De qualquer forma, feita de maneira
intransigente e emocional, é só esperar pelos danos à frente.
As empresas por
menor que sejam devem cuidar do processo decisório como se fosse parte da
matéria-prima do produto ou parte do serviço que presta. Os gestores devem alcançar
o papel de liderança e comandar decisões acuradas para conduzir as empresas ao
sucesso. Assim como na sociedade, cuja menor partícula é a família, na empresa
cada setor é uma partícula importante dentro do sistema. Um setor mal gerido
porá em risco todo a sociedade organizacional.
Mais do que
nunca é o momento de convergir para um mesmo ponto. Existe um cliente a espera
fora da empresa e diversos clientes e fornecedores interagindo dentro. Pensar
de modo que as decisões busquem o bem da comunidade organizacional, é o melhor
modo de promover a prosperidade e melhoria da qualidade de vida na empresa e
satisfação dos clientes.
Boa sorte!!
Claudio Marques