quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

DECISÕES E SEUS EFEITOS




Segundo uma lei da física “cada ação implica numa reação contrária com a mesma força e intensidade”. Assim também é em nossa vida e principalmente dentro das organizações. Todas as decisões tomadas implicarão em reações contrárias. Por isso, é necessário estar preparado para decidir no tempo certo e de modo correto.

Toda empresa tem lá algum gestor que toma decisões impensadas. O exercício do poder é feito pelo número de medidas e contra-medidas tomadas ao longo de determinado período de tempo.

A intransigência é um fator altamente negativo no processo de decisão. Primeiro porque impede a busca pelo conhecimento dos fatos correlatos. Segundo, não há formulação de um cenário apropriado e por último, a emoção fala mais alto. Este ponto é fundamental em nossa discussão. Alguém por acaso já viu algum ser intransigente ser racional? Vias de regra são raivosos, prepotentes e ainda sarcásticos. Dizem: - “Ninguém aqui é capaz de fazer nada sem mim”. Esse tipo de personagem é capaz de pôr a perder anos de bons trabalhos de qualquer colaborador entusiasmado.

Segundo Kenneth L. Lloyd (Atitudes Idiotas na Empresa – Market Books), existem vários tipos de gestores que simplesmente não entendem o que isso significa. Ocupam o cargo de gestão, mas na maioria das vezes essa é a única coisa que têm a ver com a liderança. Quando os gestores são instáveis, geralmente os funcionários estão insatisfeitos e decepcionados com a atmosfera de trabalho.

Seguindo o pensamento de Lloyd, veremos que as decisões tomadas por esse tipo de profissional jamais terão a qualidade de resultado que se espera. Normalmente em algum momento a intransigência fez parte do processo e certamente haverá tensões.

Uma decisão tomada de maneira calorosa sem os cuidados necessários encontrará inúmeras barreiras pela frente. Essas barreiras não necessariamente virão de forma explícita. Farão parte do contexto organizacional, emperrando o funcionamento do sistema. São aquilo que eu chamo de pequenas vinganças. As pequenas vinganças existem e são maneiras informais de utilizar o poder. Em contrapartida à uma decisão desfavorável, determinados funcionários começam a esquecer certos procedimentos, equipamentos danificam-se, cálculos saem incorretos, clientes são mal atendidos, e assim por diante.

As decisões de gestores intransigentes levam qualquer empresa ao caos. Essa ação terá como reação contrária o descaso, pessimismo, conformismo e outras atitudes que emperram as engrenagens da empresa. O gestor intransigente a meu ver é aquele que além de ser ríspido, é inacessível e às vezes “estrela”. Faz de conta que é maioral e ainda por cima acredita.

As decisões podem não se referir exclusivamente aos funcionários. Também são tomadas em função de projetos ou outros motivos. De qualquer forma, feita de maneira intransigente e emocional, é só esperar pelos danos à frente.

As empresas por menor que sejam devem cuidar do processo decisório como se fosse parte da matéria-prima do produto ou parte do serviço que presta. Os gestores devem alcançar o papel de liderança e comandar decisões acuradas para conduzir as empresas ao sucesso. Assim como na sociedade, cuja menor partícula é a família, na empresa cada setor é uma partícula importante dentro do sistema. Um setor mal gerido porá em risco todo a sociedade organizacional.

Mais do que nunca é o momento de convergir para um mesmo ponto. Existe um cliente a espera fora da empresa e diversos clientes e fornecedores interagindo dentro. Pensar de modo que as decisões busquem o bem da comunidade organizacional, é o melhor modo de promover a prosperidade e melhoria da qualidade de vida na empresa e satisfação dos clientes.

Boa sorte!!

Claudio Marques

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