Quando estávamos em 1990,
imaginava como seria as relações entre as pessoas quando entrássemos no século XXI.
Estranho pensar sobre isso. Naquela época acreditava que seria diferente, mas
não tanto assim. Vivíamos uma época de tecnologia emergente com os primeiros
contatos imediatos na internet. As empresas correndo em busca de certificações
de qualidade, com programas voltados para a educação dos trabalhadores numa
intensa busca por fazer certo a primeira vez. Ainda escrevíamos memorando, enviávamos
cartas e, encarávamos as filas nos bancos.
Nas empresas, conversávamos
mais e nos abraçávamos mais. Saímos de uma estação de trabalho, conhecida como
mesa, para falar com colegas de outros setores para colher informação. Havia um
calor natural nas relações.
Trinta anos depois, a
tecnologia ocupou um grande espaço nas relações interpessoais. As cartas,
memorandos foram substituídas por e-mail que, por sua vez estão sendo
substituídos por aplicativos de textos on-line. Falar já não é tão necessário.
Mande um “zap”! O que era quente, esfriou.
Naquela época o plano de
carreira era pensado em anos, décadas. Hoje é visto como imediato. Tem que ser
agora. Ao concluir o curso superior, não importa se foi “meia boca”, o
indivíduo se acha detentor de um cargo e remuneração. É pra hoje!
Até entendo essa pressa,
afinal a nova geração chegou numa época onde a velocidade da informação deixou
de ser imediata e se tornou instantânea. Instantaneamente, tudo ficou muito
mais veloz. É natural querer a mesma velocidade no rumo dos acontecimentos. A
junção da tecnologia com a velocidade da
informação (internet), criou um mundo sem precedentes. Ficamos de repente
conectados e plugados uns aos outros.
A inteligência artificial ganha
espaço mais e mais. Logo seres pensantes serão desnecessários em certas atividades.
Diante dessa realidade, como administrar os interesses dos trabalhadores e
empresas? Regras antigas não se validam mais... Talvez a regra seja não ter
regras. À medida que a evolução acontece as relações vão se ajustando...
A administração, precisa
evoluir para um novo quadro onde perceba a dinâmica das relações entre
indivíduos tanto no ambiente social quanto no corporativo. Não podemos esquecer
que as pessoas sempre serão base para tudo. Sem elas nada acontece...
Claudio Marques.
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