segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Decisões precipitadas podem gerar perdas irreparáveis

 

 

Tomar decisão é uma das inúmeras funções do executivo ou de qualquer outro profissional, dentro de uma organização. Assim, também é em nossa vida diária fora do ambiente profissional. Das mais simples às mais complexas, as decisões têm que ser tomadas.

Existe um modelo bem simples para tomar uma decisão. Chama-se de análise dos efeitos. Coloque numa folha em branco seu problema e as possibilidades para decidir. Procure analisar os efeitos das decisões a serem tomadas. Qual delas produzirá o melhor efeito positivo e o menor efeito negativo? Pronto, com a resposta na mão pode decidir sem grandes complicações.

        O maior problema no processo de tomada de decisão é a precipitação. É comum decidir algo baseando-se em premissas falsas. “Eu acho que é isso”, é a pior maneira de chegar à alguma conclusão. É um modelo baseado em nada. Pior, pode ser baseado em opiniões desacreditáveis. Quando se faz um julgamento precipitado da realidade, sem levar em conta outros fatores, certamente o resultado será desastroso.

        Na sua profissão, você é responsável por decidir o tempo todo. Cada coisa que julgar, certa, deverá produzir os efeitos que se espera. Sem isso, seu trabalho será em vão. A falta de experiência em certas áreas do conhecimento ou, a falta de maturidade em certas questões da vida podem nos levar a cometer enganos. Logo, observar o que já foi feito a respeito é uma forma de evitar cometer o mesmo erro.

        Ouvir é uma forma de trabalhar silenciosamente em direção ao sucesso. Quem ouve e processa o que ouviu, tem grande chance de acertar. É preciso refletir sobre o que ouviu. Pensar é o que nos torna capazes de produzir. Não deixe suas primeiras impressões dominarem seu pensamento. Mergulhe um pouco mais fundo e tome a decisão com base sólida.

            Prudência, ainda é o melhor antídoto para precipitações.

            Um abraço e boa sorte!!


Claudio Marques.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

TRABALHO EM EQUIPE

 

Todo encontro que tenho com profissionais de diversas áreas, ouço sempre a mesma afirmativa; sou ótimo para trabalho em equipe. É interessante, porque na maioria das vezes não é bem isso que percebo. Imagino que o conceito de trabalho em equipe não esteja muito bem claro para as pessoas. 

Vamos refletir a respeito, então. Imagine um encontro marcado para fomentar assalto a um banco. Temos um grupo de pessoas com o intuito de assaltar o banco e repartir o resultado do evento entre os componentes. Parece absurdo usar esse exemplo mas, é exatamente isso que vejo no dia a dia. O sujeito que se junta a outros para cometer um crime não possui o mesmo interesse de seus parceiros. Nesse caso, cada um vai buscar uma forma de salvar sua pele diante do perigo iminente ou na possibilidade de ser pego. Pode até ser que consigam realizar o assalto e fugir com o dinheiro. Dificilmente haverá um acordo sobre a partilha. Alguém desejará ficar com tudo. 

A verdadeira face do trabalho em equipe é o objetivo comum e esforço compartilhado na busca pelo resultado que se deseja. O membros da equipe devem estar em sintonia e se sentirem recompensados ou frustados com o resultado obtido. A palavra chave é cooperação. Ao cooperar, cada membro fará seu esforço pessoal em prol do grupo. Deixará de lado sua vaidade pessoal e produzirá o suficiente para o desenvolvimento da equipe. Não existirá o eu e sim o nós. Nesse caso, a situação é inversa ao exemplo do bando no assalto ao banco. Não pode haver fuga de responsabilidade ou tentativa de fraudar o companheiro para aparecer melhor na fotografia. As pessoas, dentro da equipe, devem ter uma postura equilibrada e, acima de tudo, focar no resultado que o grupo buscou desde o início.

Compartilhar esforços e frustrações fazem parte do trabalho em equipe. Nem tudo são flores nesse jardim. Reflita sobre sua postura e verifique se faz parte de um bando ou equipe. Se quer compartilhar ou, salvar a própria pele.

Boa sorte!!

Claudio Marques.



 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

O PAPEL DO RH NO MOMENTO DE CRISE



É indiscutível a importância do R.H. na trajetória da empresa durante seu ciclo normal de vida. Promover a integração entre as pessoas, interagir com as diversas culturas dentro ou fora da empresa, promover a equidade salarial com o mercado, desenvolver talentos, equilibrar as relações trabalhistas e sindicais, enfim, são diversas ações no dia a dia.

No momento de crise como a pandemia do coronavírus, esse papel se torna mais relevante. Primeiro é preciso compreender o momento em que se encontra a empresa. Depois promover estudo de impacto entre a manutenção dos empregos e a saúde orgânica da empresa. Contribuir com medidas equilibradas que não onerem excessivamente e que não repercutam negativamente a longo prazo.  Ao RH cabe saber ouvir e promover a empatia.


Deixar a retaguarda e assumir a vanguarda! Ser proativo e apresentar propostas. Pode não parecer fácil mas é preciso entrar no circuito das decisões com propostas que convirjam para o melhor resultado. Utilizar todos os recursos legais, disponíveis, antes de pensar em desemprego.


O RH moderno deve estar sincronizado com todos os processos organizacionais para melhor compreender a contribuir com soluções criativas. 


Em época de crise deve ser criativo...


Boa sorte!!


Claudio Marques.



domingo, 26 de abril de 2020

ENFRENTAR UMA CRISE É UMA OPORTUNIDADE PARA MELHORAR



Uma crise sempre vem com força transformadora e modifica tudo à volta. Pode ser crise econômica, natural, ou causada por algum agente específico. Sempre muda e transforma o ambiente por onde ocorre e reverbera.
Nesse momento, vivemos a crise da saúde pública por conta do coronavírus. Afetou a todos. Industria, comércio e prestação de serviço em pequena ou grande escala foram afetados. A maior pergunta é como sobreviver e manter o negócio, quando o consumidor e trabalhador tem de diminuir sua mobilidade para evitar a contaminação em escala populacional?
Enquanto o consumidor está em casa as empresas perderam o ritmo produtivo. O caixa precisa ser mantido para o negócio continuar. Em situação como calamidade pública os governos tomam medidas de expansão de crédito e prorrogação de impostos. A flexibilização da legislação contribui para a empresa se reorganizar.
As medidas de flexibilização para evitar as demissões podem ser usadas como forma de equilibrar a balança dos gastos. Claro que haverá perdas financeiras ao trabalhador, contudo o emprego se manterá. Cabe ao empresário pensar de forma mais holística e planejar ações de médio e longo prazo. O imediatismo fará perder oportunidade.
É o momento de achar soluções criativas e negociadas. Descarregar tudo sobre a mão de obra pode ser um risco de criar um sabotador em potencial no futuro.
Trabalhar é preciso mas, com saúde é melhor ainda!! 

Boa sorte!!

Claudio Marques.





quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

JULGUE MENOS, COMPREENDA MAIS



Lidar com pessoas não é uma tarefa fácil. Requer um certo esforço e, sobretudo, uma compreensão dos acontecimentos. Se fizermos julgamentos precoces à luz apenas dos fatos aparentes, sem uma análise profunda, corremos o risco de cometer uma grave injustiça.
Procure sempre fazer um exercício de sabedoria. É preciso separar o pecado do pecador. Compreender a extensão do pecado e a intenção do pecador.
Considerando que ninguém é perfeito, o melhor a fazer é usar de mais empatia e menos apatia. Quando somos empáticos fica mais fácil compreender e não julgar. Quando somos apáticos, não nos envolvemos e, portanto, ficamos distantes, sendo que qualquer julgamento serve.

Procure liderar pelo exemplo. Mostre como deve ser feita a liderança moderna. Coloque-se no lugar das pessoas e, influencie-as para tomar as melhores decisões com base nas perspectivas que dispõem.
Ser um líder significa ser capaz de transformar as pessoas, não importando quem sejam. Num ambiente profissional, por exemplo, é possível liderar em todas as direções. Basta que influencie as pessoas para seguir o melhor caminho. Você pode liderar seu superior, seu par e seu subordinado. Pode ser liderado por eles também.

O aprendizado é muito importante para a evolução humana. Devemos buscar aprender mais e mais a fim de nos tornarmos melhores pessoas. Compreender o outro é o primeiro passo rumo a evolução. Procure praticar, ouvindo mais, pedindo ajuda quando precisar e, colocar-se no lugar das pessoas.

Não existe fórmula mágica para o sucesso. É preciso praticar o certo. Fazer o certo é mais doloroso porque temos que enfrentar nossos próprios conceitos e preconceitos. 
Procure se conhecer mais. Isso ajudará a compreender melhor os outros.

Boa sorte!!

Claudio Marques

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

DECISÕES E SEUS EFEITOS




Segundo uma lei da física “cada ação implica numa reação contrária com a mesma força e intensidade”. Assim também é em nossa vida e principalmente dentro das organizações. Todas as decisões tomadas implicarão em reações contrárias. Por isso, é necessário estar preparado para decidir no tempo certo e de modo correto.

Toda empresa tem lá algum gestor que toma decisões impensadas. O exercício do poder é feito pelo número de medidas e contra-medidas tomadas ao longo de determinado período de tempo.

A intransigência é um fator altamente negativo no processo de decisão. Primeiro porque impede a busca pelo conhecimento dos fatos correlatos. Segundo, não há formulação de um cenário apropriado e por último, a emoção fala mais alto. Este ponto é fundamental em nossa discussão. Alguém por acaso já viu algum ser intransigente ser racional? Vias de regra são raivosos, prepotentes e ainda sarcásticos. Dizem: - “Ninguém aqui é capaz de fazer nada sem mim”. Esse tipo de personagem é capaz de pôr a perder anos de bons trabalhos de qualquer colaborador entusiasmado.

Segundo Kenneth L. Lloyd (Atitudes Idiotas na Empresa – Market Books), existem vários tipos de gestores que simplesmente não entendem o que isso significa. Ocupam o cargo de gestão, mas na maioria das vezes essa é a única coisa que têm a ver com a liderança. Quando os gestores são instáveis, geralmente os funcionários estão insatisfeitos e decepcionados com a atmosfera de trabalho.

Seguindo o pensamento de Lloyd, veremos que as decisões tomadas por esse tipo de profissional jamais terão a qualidade de resultado que se espera. Normalmente em algum momento a intransigência fez parte do processo e certamente haverá tensões.

Uma decisão tomada de maneira calorosa sem os cuidados necessários encontrará inúmeras barreiras pela frente. Essas barreiras não necessariamente virão de forma explícita. Farão parte do contexto organizacional, emperrando o funcionamento do sistema. São aquilo que eu chamo de pequenas vinganças. As pequenas vinganças existem e são maneiras informais de utilizar o poder. Em contrapartida à uma decisão desfavorável, determinados funcionários começam a esquecer certos procedimentos, equipamentos danificam-se, cálculos saem incorretos, clientes são mal atendidos, e assim por diante.

As decisões de gestores intransigentes levam qualquer empresa ao caos. Essa ação terá como reação contrária o descaso, pessimismo, conformismo e outras atitudes que emperram as engrenagens da empresa. O gestor intransigente a meu ver é aquele que além de ser ríspido, é inacessível e às vezes “estrela”. Faz de conta que é maioral e ainda por cima acredita.

As decisões podem não se referir exclusivamente aos funcionários. Também são tomadas em função de projetos ou outros motivos. De qualquer forma, feita de maneira intransigente e emocional, é só esperar pelos danos à frente.

As empresas por menor que sejam devem cuidar do processo decisório como se fosse parte da matéria-prima do produto ou parte do serviço que presta. Os gestores devem alcançar o papel de liderança e comandar decisões acuradas para conduzir as empresas ao sucesso. Assim como na sociedade, cuja menor partícula é a família, na empresa cada setor é uma partícula importante dentro do sistema. Um setor mal gerido porá em risco todo a sociedade organizacional.

Mais do que nunca é o momento de convergir para um mesmo ponto. Existe um cliente a espera fora da empresa e diversos clientes e fornecedores interagindo dentro. Pensar de modo que as decisões busquem o bem da comunidade organizacional, é o melhor modo de promover a prosperidade e melhoria da qualidade de vida na empresa e satisfação dos clientes.

Boa sorte!!

Claudio Marques

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

GESTÃO DE PESSOAS NOS DIAS ATUAIS



Quando estávamos em 1990, imaginava como seria as relações entre as pessoas quando entrássemos no século XXI. Estranho pensar sobre isso. Naquela época acreditava que seria diferente, mas não tanto assim. Vivíamos uma época de tecnologia emergente com os primeiros contatos imediatos na internet. As empresas correndo em busca de certificações de qualidade, com programas voltados para a educação dos trabalhadores numa intensa busca por fazer certo a primeira vez. Ainda escrevíamos memorando, enviávamos cartas e, encarávamos as filas nos bancos.


Nas empresas, conversávamos mais e nos abraçávamos mais. Saímos de uma estação de trabalho, conhecida como mesa, para falar com colegas de outros setores para colher informação. Havia um calor natural nas relações.
Trinta anos depois, a tecnologia ocupou um grande espaço nas relações interpessoais. As cartas, memorandos foram substituídas por e-mail que, por sua vez estão sendo substituídos por aplicativos de textos on-line. Falar já não é tão necessário. Mande um “zap”! O que era quente, esfriou.
Naquela época o plano de carreira era pensado em anos, décadas. Hoje é visto como imediato. Tem que ser agora. Ao concluir o curso superior, não importa se foi “meia boca”, o indivíduo se acha detentor de um cargo e remuneração. É pra hoje!
Até entendo essa pressa, afinal a nova geração chegou numa época onde a velocidade da informação deixou de ser imediata e se tornou instantânea. Instantaneamente, tudo ficou muito mais veloz. É natural querer a mesma velocidade no rumo dos acontecimentos. A junção da  tecnologia com a velocidade da informação (internet), criou um mundo sem precedentes. Ficamos de repente conectados e plugados uns aos outros.
A inteligência artificial ganha espaço mais e mais. Logo seres pensantes serão desnecessários em certas atividades. Diante dessa realidade, como administrar os interesses dos trabalhadores e empresas? Regras antigas não se validam mais... Talvez a regra seja não ter regras. À medida que a evolução acontece as relações vão se ajustando...
A administração, precisa evoluir para um novo quadro onde perceba a dinâmica das relações entre indivíduos tanto no ambiente social quanto no corporativo. Não podemos esquecer que as pessoas sempre serão base para tudo. Sem elas nada acontece...

Claudio Marques.